terça-feira, 6 de outubro de 2009

Primeira Maratona....Reflexões


Como já afirmei anteriormente, não é meu objetivo aqui, dar sugestão sobre produtos e/ou dicas sobre corridas. Existem inúmeros blogs e sites que tratam disso com muita competência. Aqui falo de vivências...
Fosse o “concluir uma maratona” meu único intuito, é muito provável que estivesse um pouco desapontado, neste momento. No entanto há algum tempo, aprendi a curtir o percurso e não apenas a chegada, vivenciar a experiência do processo sem a preocupação com o resultado! O resultado é a cereja do bolo, uma conseqüência.
As experiências desses últimos meses, que atingiram o seu clímax na linha de chegada, poucos metros após a passagem pelo Portal de Brandenbug*, constituem, hoje, peça inseparável da história pessoal. Não fosse assim, como explicar tamanho envolvimento e dedicação por algo que acaba sendo tão penoso, difícil e oneroso?
-“Porque o homem escala uma montanha?”, perguntou o sherpa ao sábio do vilarejo. –
-Porque ela está lá” - foi a resposta.
Porque dedicamos tantas horas, tanto suor, suportamos frio, chuva, dores musculares, renunciamos a tantos prazeres alimentares? Talvez seja algo que nós, corredores, não estamos muito interessados em conhecer e menos ainda em tentar explicar.
Toda corrida tem, um “antes” e um “depois”. Assim como uma viagem “não termina na alfândega do aeroporto de chegada” (Quando viajar não é partir” Avila Neto -2000) uma corrida não acaba na linha de chegada, ela tem também a sua historia, mais ou menos longa, de acordo com o que ela venha a representar para cada corredor. Um primeira maratona” a gente nunca esquece”. Longe portanto do desapontamento: além do currículo, literalmente falando, é uma vivência pessoal, intensa (faz parte do DNA).
A maratona, conhecida como a prova “rainha dos Jogos Olímpicos”, tem esse nome em homenagem ao mensageiro que trouxe a boa nova da vitoria dos gregos sobre os persas (500 anos antes de Cristo), e que para cumprir a sua missão ele correu por 40kms, desde a cidade de Maratona** até Atenas.
Breda - Holanda, 6/10/2009

2 comentários:

  1. É exatamente como você disse, uma prova não se resume em cruzar a linha de chegada. No meu caso, me preocupo com cada detalhe, muitos dias antes e mais alguns depois... Realmente vivo a corrida, coloco o mapa do percurso como plano de fundo na tela do computador, traço minhas metas para cada quilômetro, memorizo os pontos de hidratação... no dia seguinte, confiro no site organizador da corrida meu tempo final e também de amigos, procuro por fotos...
    Uma “loucura”!
    Ou uma paixão?

    Abraço,
    Kleber RG - http://kleber-rg-runner.blogspot.com/

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  2. Ola Kleber penso qu eé um misto de tudo isso: passamos a respirar corrida!
    abraços
    W.Avila

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